16 de janeiro de 2012

Guerra dos EUA e Israel contra o Irã já começou, avaliam especialistas


12/1/2012 13:11,  Por Redação, com agências internacionais – de Teerã, Washington, Londres e Havana
Especialistas militares avaliaram, nesta quinta-feira, que a guerra entre o Irã e os EUA já começou, a julgar pelo movimento de tropas na região e os últimos acontecimentos no cenário montado pelas nações ocidentais no Golfo Pérsico. Fontes ouvidas pela agência espanhola de notícias RicTVatestam que, agora, “é apenas uma questão de horas para o início do conflito armado”. A morte do cientista iraniano em um atentado foi, segundo analistas, um ponto decisivo para o agravamento do quadro de confronto entre as forças norte-americanas, israelenses e do Irã.
A morte de Mostafa Ahmadi Roshan, de 32 anos, engenheiro nuclear iraniano, em um atentado a bomba, nesta quarta-feira, provocou uma onda de revolta em Teerã contra Israel, o principal suspeito, e contra os Estados Unidos, que afirmaram não ter qualquer ligação com o atentado. A edição desta quinta-feira dos principais jornais iranianos pede represálias imediatas contra ambos os países.
“Sob a lei internacional é legal executar represálias com o assassinato do cientista nuclear”, afirma o jornal iraniano Keyhan, em um editorial. “A República Islâmica conquistou muita experiência em 32 anos. Portanto, é possível assassinar autoridades e militares israelenses”, completa o texto. O assassinato domina o noticiário naquele país e muitos criticaram o que chamaram de silêncio do Ocidente sobre as mortes. Os jornais mais radicais pedem, inclusive, uma ação secreta contra Israel.
Ainda prudente em seus pronunciamentos, o governo iraniano disfarça a irritação com o episódio mas garante que obteve provas de que “interesses estrangeiros” estavam por trás da morte do cientista Roshan, subdiretor da central de enriquecimento de urânio de Natanz. Ele morreu quando dois homens, em uma motocicleta, pararam ao lado do automóvel do cientista, retido em um engarrafamento em Teerã, e colocaram uma bomba magnética na porta, após o que se ouviu uma forte explosão.
A bomba também matou o motorista e o segurança de Ahmadi Roshan, enquanto um terceiro ocupante do carro, um modelo Peugeot 405, ficou ferido. O ataque foi similar a outros quatro que aconteceram em Teerã nos últimos dois anos. Três cientistas, incluindo dois que também trabalhavam no programa nuclear iraniano, morreram, enquanto outro – que agora dirige a Agência de Energia Atômica do Irã – escapou por pouco tempo de um atentado.
Capitalismo em declínio

Ao lado do presidente cubano, Raúl Castro, o dirigente iraniano Mahmoud Ahmadinejad passa em revista às tropas
Pomo da discórdia entre o Irã, Israel e os EUA, a energia nuclear foi o tema central dos pronunciamentos realizados em Havana, na noite passada, durante a recepção ao presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejadpromovida pelo presidente cubano, Raúl Castro. Ambos defenderam o direito de todos os países ao uso pacífico da energia nuclear, no clímax da escalada militar em curso na região do Golfo Pérsico.
Os dois governantes “ratificaram o compromisso dos dois países na defesa da paz, do direito internacional e dos princípios da Carta das Nações Unidas, assim como do direito de todos os Estados ao uso pacífico da energia nuclear”, afirma um comunicado oficial.
O apoio cubano ao programa nuclear iraniano foi anunciado na mesma semana em que os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Nicarágua, Daniel Ortega, fizeram o mesmo. De acordo com a nota oficial, durante o encontro no Palácio da Revolução de Havana, Raúl Castro e Ahmadinejadconversaram sobre “o excelente estado das relações bilaterais e temas do âmbito internacional”.
– Estamos observando que o sistema capitalista está em decadência, em diferentes cenários, como em um beco sem saída, e é necessária uma nova ordem, uma nova visão, que respeite todos os seres humanos, um pensamento baseado na justiça. Quando já lhe falta lógica recorrem às armas para matar e destruir. Hoje em dia a única opção que restou ao sistema capitalista é matar – disse Ahmadinejad, em uma conferência na Universidade de Havana, onde recebeu o título Doutor Honoris Causa em Ciências Políticas.
Ahmadinejad reivindicou uma nova ordem mundial baseada na justiça e que respeite todos os seres humanos e encorajou Cuba e seus universitários a trabalharem ao lado de seu país para criá-la.
– Temos que estar alertas. Se nós não planejamos a nova ordem no mundo, serão os herdeiros dos donos de escravos e os capitalistas a controlar e impor o novo sistema – afirmou.
Questão de horas
Enquanto Ahmadinejad se movimenta pela América Latina, em busca de uma sólida aliança com países socialistas da

O USS Nimitz posiciona-se ao largo, na costa do Irã, de onde passa a exercer uma ação predatória mais eficaz
região, o porta-aviões da classeNimitz, modernizado e com armas mais letais se posiciona próximo ao Estreito de Ormuz. Nos últimos dias, os EUA trasladaram um grupo de militares especializados em desembarque e um batalhão inteiro de marines. A tropa segue embarcada nos navios anfíbiosMakin Island, New Orleans e Pearl Harbor. Soma-se à força naval uma esquadrilha reforçada de helicópteros e um batalhão de retaguarda. As informações foram divulgadas, nesta manhã, pela RicTV.
A agência acrescenta que o serviço de comunicações da Armada norte-americana comunicou que a principal função do novo grupo de combate, encabeçado pelo super porta-aviões é apoiar o exército em suas operações no Afeganistão e participar de manobras internacionais na região. Especialistas ouvidos, no entanto, advertem que o aumento no número de embarcações dos EUA nas costas do Irã é um fator marcante para o aumento da tensão entre os dois países, com desfecho previsto em questão de horas. Fernando Bazán, um dos analistas internacionais, em entrevista aos jornalistas, aponta a escalada do poderio armamentista dos EUA no Mar Arábico.
– De um lado, Washington envia cada vez mais navios de guerra para a região por sua preocupação com o avanço da produção nuclear iraniana, ainda mais depois que Teerã confirmou a produção de urânio enriquecido a 20% em uma instalação subterrânea. De outra parte, o Irã é um dos países mais importantes na política regional e pode influir na maioria dos processos em curso no Oriente Médio, com apoio aos grupos xiitas – afirmou Bazán.
Além do USS Nimitz, o vespeiro em que se encontra o Estreito de Ormuz contará, nos próximos dias, com a presença de um grupo de combate da V Frota Marítima, encabeçado pelo porta-aviões Carl Vinson, com aeronaves a bordo. Estes equipamentos se somam a um outro grupo de navios de guerra estacionado na região desde dezembro último. Estas belonaves já haviam passado pelo Estreito de Ormuz, na divisa entre o Mar de Omán e o Golfo de Áden, por onde circulam 40% do tráfego mundial de petróleo.
FONTE
Tensão aumenta no Golfo Pérsico e frota russa entra em ‘alerta vermelho’
11/1/2012 12:19,  Por Redação, com agências internacionais – de Madri

Navio russo patrulha o mares que banham o Oriente Médio
O nível de tensão no Oriente Médio aumentou, nesta quarta-feira, após a elevação para “alerta vermelho” na frota russa que patrulha a região. Segundo fonte do Ministério da Defesa da Rússia, falando à agência espanhola de notícias Rictv, o governo daquele país determinou o reforço na segurança da Rodovia Transcaucasiana e nos mares Cáspio, Mediterrâneo e Negro, diante do iminente ataque de Israel às instalações nucleares iranianas, considerado “inevitável e a ser realizado em prazo muito curto”.
– É possível também o início de uma guerra de grande escala, cujas consequências são totalmente imprevisíveis – adverte.
A preparação da Rússia, na esfera militar, a fim de minimizar as perdas humanas e materiais por conta das possíveis operações bélicas do Ocidente contra o vizinho Irã começou há mais de um ano “e estão praticamente concluídas”, acrescenta a fonte. As tropas na Transcaucasiana e no Mar Cáspio “estão prontas para eventuais combates e os navios de guerra estão posicionados até o Mediterrâneo”, revela.
Em nível oficial não há qualquer pronunciamento quanto aos objetivos do exército e da marinha russos em caso de guerra contra o Irã, mas analistas militares não excluem que, em caso de o Irã ser ameaçado de uma derrota completa, com a ocupação de seu território, a Rússia lhe prestaria ajuda imediata. À frota russa no Pacífico se incorporarão, em mais alguns dias, o porta-aviões francês Mistral e o novíssimo submarino atômico Yuri Dolgoruki. A frota russa no pacífico conta, atualmente, com 49 navios e 22 submarinos.
Embora não tenha recebido nenhum reforço substancial desde 1991, a frota russa no Oriente Médio conta com uma tripulação bem treinada, que espera o apoio de novos submarinos da classe Borei como o Vladimir Monomaj eAlexander Nevski, além dos mísseis balísticos de cruzeiro Mariscal Ustinove Almirante Najimov, em fase de reforma e modernização.
Síria
Aliada histórica do regime sírio, a Rússia não apenas reforçou sua presença em águas internacionais próximas ao país com navios de guerra e submarinos nucleares como avisou à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que não irá tolerar nenhum tipo de intervenção do Ocidente sob pretexto de “compromisso humanitário”, como ocorreu com a Líbia na época do então coronel Muammar Gaddafi.
Na manhã desta quarta-feira, horário local, ao elevar o nível de prontidão para o vermelho, último antes do início de um conflito armado na região, Moscou assegura seu apoio à soberania dos sírios que, de acordo com a Chancelaria, “vivem um processo de guerra civil”.
Assista ao vídeo publicado nesta quarta-feira
pela rictvanoticiastv (em espanhol):
Em recente mensagem ao Ocidente, o primeiro-ministro Vladimir Putin advertiu que o seu país não permitirá a efetivação de nenhum plano de intervenção que se assemelhe à participação da Otan na Líbia, país bombardeado durante meses sob a desculpa de que se estava protegendo a população civil.
Na Síria, os distúrbios que ocorrem há seis meses mostram que forças rebeldes tentam derrubar o governo, mas o atual presidente conta também com forte apoio popular. Embora enfrente acusações das potências ocidentais de promover um banho de sangue na Síria, Assad confirmou, na noite passada, que irá agir “com mão de ferro” contra os grupos dissidentes, que ele classifica de “terroristas”.
Fonte:

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