Carga tributária do país e a necessidade de acessar os mercados de títulos públicos preocupam
Clarissa Mangueira, da Agência Estado
LONDRES - A Fitch Ratings disse que a Itália é o país que oferece o maior risco para o euro em meio à crise da dívida soberana atual e o tamanho da sua carga tributária e da necessidade de o país acessar os mercados de títulos públicos são uma grande preocupação, tendo em vista o seu atual custo para obter empréstimos.
A Itália enfrenta uma quantia "alarmante" de bônus governamentais que precisam ser pagos em 2012, e a falta de acordo entre os líderes europeus sobre como implementar uma "proteção" na região coloca pressão sobre o rating do país, afirmou o chefe da divisão de ratings soberanos globais da Fitch, David Riley, durante conferência em Londres. Segundo ele, falta de uma "proteção crível" crível da Itália é uma séria preocupação para a zona do euro.
Um yield (retorno ao investidor) dos bônus do governo italiano de 400 pontos-base sobre os bônus alemães combinado com um crescimento zero do Produto Interno Bruto (PIB) poderão ser "explosivos" para o país, enquanto um spread de 150 pontos-base e um crescimento de 1,5% do PIB tornariam o país solvente, afirmou a Fitch.
A agência está estudando um rebaixamento do rating A+ da Itália. Riley disse que a revisão negativa de todos os ratings de bônus soberanos da zona do euro, que não inclui a França que tem uma perspectiva negativa, será concluída até o fim de janeiro.
Ele afirmou também que a saída da Grécia da zona do euro continua uma "opção potencial". A Grécia pode ainda mergulhar a zona do euro em uma crise financeira mais profunda, destacou Riley, acrescentando que a contribuição do setor público de 60% nos bônus do governo grego não resultará em uma forte redução da carga da dívida do país.
A Fitch classifica a Grécia em CCC e disse anteriormente que espera que o país seja rebaixado para uma classificação que indica default. As informações são da Dow Jones.
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