9 de janeiro de 2012

Merkel e Sarkozy reunidos para concretizar união fiscal e impulsionar crescimento


A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o Presidente da França, Nicolas Sarkozy, estão já reunidos em Berlim com vista a avançar com a agenda para concretizar a união fiscal reforçada, e também para impulsionar o crescimento em contexto de crise.
A reunião de Merkel e Sarkozy em 2012 começou às 11h de Berlim (10h em Lisboa), tal como estava previsto, e deverá terminar perto das 12h30 de Lisboa, quando deverão dar uma conferência de imprensa, segundo as agências de notícias.

Na reunião de hoje, os dois líderes deverão tentar detalhar as regras com vista a que a disciplina orçamental na zona euro se torne mais eficaz do que até aqui, conforme ficou decidido na cimeira de 9 de Dezembro. Então, o Reino Unido foi o único país que optou por ficar de fora de um compromisso que envolve todos os 17 países da zona euro e mais nove Estados – alguns dos quais deverão ainda de consultar os seus parlamentos nacionais.

A discussão sobre o crescimento está ensombrada pelo contexto de lutas de grande parte da zona euro contra a crise da dívida e a subida do geral do desemprego, enquanto na Alemanha se tem reduzido.

Outro tema que poderá ser abordado é a criação de uma “taxa Tobin”, sobre as transacções financeiras, que está a ser impulsionada pela França e Alemanha à escala europeia e que enfrenta a resistência do Reino Unido, que só a aceita se for adoptada à escala mundial.

Sanções quase automáticas para incumpridores do défice

O plano de disciplina fiscal adoptado em Dezembro, que prevê sanções quase automáticas para os Estados incumpridores do limite de 3% de défice orçamental anual, é a mais recente resposta a uma crise do euro que começou na Grécia há cerca de dois anos e que levou já também a resgates à Irlanda e a Portugal.

Esta crise está a ameaçar cada vez mais fortemente países do centro, tendo-se tornado sistémica e ameaçado afectar também a nota de risco crédito dos países do euro com a melhor classificação junto das principais agências norte-americanas, como a França e mesmo a Alemanha.

Atendendo ao contexto da crise da dívida, com as taxas italianas a dez anos acima de 7%, e depreciação da moeda comum, é de prever que este ano continuem os encontros bilaterais entre os líderes das duas maiores economias do euro.

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